VINTAGE EM ESPAÇOS COMERCIAIS
O estilo vintage está em voga inclusive na decoração de estabelecimentos
comerciais, que buscam esse diferencial para atrair os clientes.
Ganhando cada vez
mais espaço também nas decorações de estabelecimentos comerciais, o estilo
vintage está se tornando tendência entre os empreendimentos atuais. Carregado
de personalidade, o vintage utiliza peças autênticas e cheias de história em
sua composição.
De acordo com a
arquiteta e designer de interiores Simone Rocha, a incorporação deste estilo no
comércio vem acontecendo por causa da real necessidade do empresário de se
diferenciar dos demais concorrentes no setor, dando maior destaque e valor agregado
à sua marca. "Outro ponto importante neste sentido é a tendência mundial
de personalização e valorização do que é único, resistente e duradouro. Podemos
perceber este comportamento não só no mundo da arquitetura, mas também na moda,
nas artes e até mesmo na culinária. Em um mundo onde o que é padronizado perde
cada vez mais espaço para o singular, as peças mantidas através de gerações
ganham importantes destaques", explica.
Simone analisa que,
para se ter um estabelecimento com essa pegada vintage é preciso que o
empreendedor esteja atento, por exemplo, ao tamanho dos móveis em comparação ao
tamanho da loja e saber mesclar bem os estilos. "Peças vintage costumam
ter dimensões mais avantajadas e visual mais 'pesado' e, por isso, devem ser
escolhidas a dedo para não deixar o ambiente entulhado. É importante mesclar
alguns elementos mais modernos ao estilo vintage para que o estabelecimento não
fique com aspecto de 'cenário antigo' e para realmente valorizar as peças. Essa
mescla pode ser feita por meio da iluminação, dos revestimentos e até mesmo dos
adornos", destaca.
Para a arquiteta
Estela Netto, o mobiliário é um fator importante nesse quesito, pois os móveis
traduzem bem a pegada vintage que o estabelecimento quer proporcionar aos seus
clientes. Em um de seus projetos, uma barbearia, Estela mostra como apresentar
este estilo aos seus clientes.
"Colocamos muitas coisas de visual merchandising na decoração, como quadrinhos, gravuras, objetos de decoração mais temáticos. A barbearia tem, muito forte, esta identidade com a estética mais vintage, ela em si, já tem as cadeiras de barbeiro e essa parte de visual merchandising e adornos de ambientação", conta.
"Colocamos muitas coisas de visual merchandising na decoração, como quadrinhos, gravuras, objetos de decoração mais temáticos. A barbearia tem, muito forte, esta identidade com a estética mais vintage, ela em si, já tem as cadeiras de barbeiro e essa parte de visual merchandising e adornos de ambientação", conta.
Estela Netto
acredita que existe essa grande demanda pelo estilo vintage nos dias de hoje
porque existe uma tendência do ser humano de olhar para o nosso passado.
"Acho que o homem precisa revisitar muitas vezes as suas memórias para
compreender quem ele é e se projetar no futuro. Isso também acontece com a
arquitetura e a decoração. O estilo vintage tem um olhar voltado a outras
épocas do design e traz à tona os clássicos que ficaram marcados ou foram
ícones de outros tempos. Acredito que este estilo foi muito bem aceito do ponto
de vista da arquitetura do varejo, comercial e outros serviços, como o caso da
barbearia, pois há identificação", avalia.
Simone Rocha também
ressalta a questão da personalidade. Para ela, a presença deste estilo nos dias
de hoje se dá pela autenticidade, pela tradição, valores e, também, de ser
destaque. "Todo projeto vintage parte do princípio que será um ambiente
autêntico, exclusivo e diferenciado. Fugir do padrão, apostar em novas
tendências e incluir objetos irreverentes são algumas marcas do estilo e que
devem ser seguidas. As peças de estilo vintage são carregadas de sentimentos e
trazem consigo uma série de valores e referências, como a tradição, nostalgia,
individualidade, romantismo, artesanal e delicadeza", descreve.
As profissionais
finalizam lembrando que o mais importante para o comerciante é verificar se o
estilo dialoga com a marca e com o tipo de produto comercializado. Para uma
loja que vende produtos tecnológicos e hi-tech, por exemplo, o estilo vintage
não é o mais adequado, pois não há interface entre a estética e o negócio.
Matéria publicada no site terra.
https://noticias.terra.com.br/dino/espacos-comerciais-se-rendem-ao-vintage-para-atingir-em-cheio-o-coracao-dos-consumidores,e36fe23a913ca8448f830b8b486430aa3rxunmdz.html
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