O DIREITO DE IR E VIR


Imagem retirada da Internet


Garantia que nos é dada pela constituição – O direito de ir e vir - muitas vezes é desmerecida por aqueles que administram a cidade, pois não dão a todos os cidadãos a certeza de se deslocarem com segurança e sem se deparar com desníveis nas calçadas, buracos, rampas fora dos padrões, lixeiras, placas de mercado, pontos de ônibus, vendedores ambulantes, bueiros destampados, e assim por diante. E essa situação se agrava para pessoas com deficiência seja cadeirante ou não.

Nos países desenvolvidos prioriza-se o pedestre, o ciclista e o transporte coletivo, no entanto no Brasil a prioridade dos governantes é o carro, sendo assim temos ruas e mais ruas, na maioria em péssimo estado, mas enfim voltadas ao deslocamento por automóvel. Utilizar de redutores para automóveis, faixas de pedestres, educação aos motoristas, ciclovias, dentre outras medidas, seriam algumas das contribuições para melhoria na qualidade de vida das cidades.

A calçada é o local mais adequado para nos deslocarmos, pois somente nela podemos caminhar para fazer exercícios, encontrar amigos, nos deslocarmos até a padaria, passear, evitando assim que a população se concentre em locais fechados levando-a ao isolamento. A calçada é um local democrático e socialmente diversificado.

Talvez o maior problema da nossa constituição seja que a responsabilidade por sua execução e manutenção seja do proprietário do imóvel, pois este nem sempre procura se enquadrar nas regras de acessibilidade e por isso nos deparamos com calçadas mal conservadas, com raízes aparentes, com pisos escorregadios, enfim com adversidades que impedem ou ao menos dificultam a passagem dos pedestres.

O Brasil tem em torno de 14% de deficientes, sem contar os idosos e deficientes temporários, no entanto as políticas públicas são pouco eficientes no quesito deslocamento seguro. A mobilidade urbana é um verdadeiro caos, principalmente nas grandes cidades, mas que também vai atingindo aos poucos as pequenas cidades. E estas por sua vez tem a oportunidade de se preparar para o futuro, porém pouco se faz.

As cidades, que tem Plano Diretor, têm contemplado nas suas leis, as regras para execução de calçadas, ciclovias, faixas de segurança, pistas de rolamento, enfim, é preciso apenas que, tanto o poder público quanto os cidadãos, procurem saber como executar e planejar uma cidade com eficiência no quesito mobilidade e acessibilidade. Cada uma fazendo a sua parte teremos cidades melhor equipadas e mais seguras.


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