Casa saudável
Você sabia que a casa também pode adoecer
os moradores? A Healthy Building Certificate (HBC),
empresa especialista na consultoria e certificações de construções saudáveis,
alerta sobre que o contexto envolvendo materiais utilizados nas construções e
reformas, móveis que compõem a decoração e pequenos hábitos diários podem atrapalhar
a qualidade de vida dentro do lar. “Por
conta do desconhecimento, em muitas ocasiões lidamos com produtos nocivos à
saúde da casa. Mas a boa notícia é que muitos deles podem ser facilmente
substituídos ou excluídos do nosso dia a dia. É preciso estar sempre alerta e
buscar informações para fazer escolhas inteligentes”, explica Allan
Lopes, fundador e diretor global da HBC, que atua no Brasil e no exterior.
Com olhar apurado, Lopes listou 5 dicas.
1. Quarto relaxante
Especializado em biologia da construção, Lopes explica que o dormitório precisa ser entendido pelos moradores como um ‘templo’. “É nesse ambiente que buscamos o descanso para o nosso corpo e reorganizamos as nossas ideias no campo mental. Por isso, ele precisa ser tratado como o centro da casa”, recomenda. Independentemente do estilo decorativo escolhido pelos moradores, ele afirma que, no momento de dormir, o ambiente deve apresentar duas condições essenciais para um sono profundo e relaxante: a ausência de luz, deixando o cômodo totalmente escuro, bem como o silêncio que conduz ao adormecimento.
Além destes cuidados, uma boa pedida também é investir em mobílias com o máximo de componentes naturais possíveis. “Ao definir o mobiliário, recomendo evitar peças que apresentem cola em sua composição ou montagem. Estes materiais, muitas vezes, são tóxicos e nocivos à saúde”, complementa Marcos Casado, CEO da empresa no Brasil. Para tanto, a sugestão é elaborar a disposição do dormitório com móveis de madeira que possuam certificados FSC ou Cerflor com documento de origem florestal da madeira.
O colchão também pode ser outro
grande vilão dos quartos. A depender do modo de fabricação, os especialistas da
HBC revelam que alguns modelos convencionais carregam mais de 150 substâncias,
sendo muitas delas nocivas à saúde. O poliuretano e retardantes de chamas são
alguns dos componentes tóxicos e que podem causar problemas respiratórios,
dores de cabeça e até mesmo câncer. “Sem contar o impacto negativo que
esses itens oferecem ao meio ambiente, uma vez que são de difícil reciclagem e
podem demorar centenas de anos para a sua decomposição”, detalha
Casado.
2. Casa livre de ondas eletromagnéticas
Quem já ouviu falar que o uso de micro-ondas pode
causar câncer? O mito, que ganhou força baseado no senso comum das pessoas, tem
sim um fundo de verdade. As ondas eletromagnéticas emitidas
por eletrodomésticos e eletrônicos presentes no cotidiano não provocam tumores,
mas podem sim trazer irritabilidade, insônia e dor de cabeça em até 10% da
população mundial que é considerada eletrossensível, de acordo com estudos
divulgados pela Organização Mundial da Saúde (OMS).
Apesar de saber que é impossível estar 100% livre
das ondas, o diretor global da HBC aconselha que exposições excessivas e
desnecessárias sejam evitadas, sempre que possível. “Pequenas medidas
podem cooperar para o nosso bem-estar. Por exemplo, se os aparelhos eletrônicos
não estiverem em funcionamento, desligue-os das tomadas. Pode ser um pouco mais
trabalhoso desconectar o roteador de Wi-fi após o uso, mas estamos falando de
saúde. Vale a pena tentar!”, incentiva Lopes.
3. Ventilação e iluminação
Uma casa saudável deve ser sempre bem ventilada e
naturalmente iluminada. As janelas devem ser abertas, pelo menos uma vez ao
dia, e preferencialmente durante a manhã, enquanto a poluição do ar, principalmente
nas grandes cidades, ainda estiver menor. A luz do sol e a troca constante do
ar ajudam a evitar proliferação de fungos, bactérias e mofos.
Outra dica do CEO da HBC Brasil é evitar o uso do
ar-condicionado. Além de prejudicar a qualidade do ar, o aparelho demanda
manutenção periódica e não é nada econômico. “Caso seja mesmo
necessário o uso do ar condicionado, busque comprar equipamentos que promovam a
filtragem e a ionização do ar, além de prever a renovação interna do ar e que
sejam silenciosos”, recomenda Casado.
4. Mobílias do tamanho certo
Na hora de escolher o mobiliário da casa é
importante levar em consideração a estatura dos moradores. A altura da pia da
cozinha, por exemplo, deve ser adequada e confortável para quem vai utilizá-la
na rotina diária. “Questões de medida e proporção devem ser analisadas
em todos os cômodos. Tudo deve ser ergonômico e funcional para auxiliar nas
tarefas do dia a dia e não trazer perigo às pessoas”, continua Lopes.
5. Home office
Com a pandemia, o número de pessoas que aderiram ao
home office de forma definitiva cresceu ainda mais. Por isso, algumas
adaptações devem ser feitas no lar para atender essa nova necessidade. “Tente
separar o escritório do restante da casa. Porém, caso não seja possível, pelo
menos setorize este espaço com o uso de uma mesa e cadeira apropriada. O
importante é não trabalhar sentado na cama ou sofá com o notebook no colo”,
finaliza Casado.
Fonte: Healthy Building Certificate, empresa que está no mercado brasileiro desde
2012 e possui sede nos Estados Unidos, oferece suporte, consultorias e
diferentes tipos de certificações para projetos, obras, edificações, produtos e
profissionais da área da construção civil, buscando implementar a cultura da
Construções Saudáveis em todo o país e exterior.
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