PLANEJAMENTO URBANO MUNICIPAL E REGIONAL


Imagem retirada da Internet


A crescente das cidades brasileiras e consequentemente das suas malhas urbanas colocam-as diante de um desafio inadiável: apresentar soluções e respostas aos problemas, bem como procurar caminhos para evitar o surgimento de outros, ainda não existentes. Ainda que alguns municípios tenham Plano Diretor, isto não é suficiente para orientar o desenvolvimento e a expansão das cidades de forma equilibrada.

A maioria dos planos são elaborados apenas tendo como base os quesitos internos sem interagir com as  cidades vizinhas. Assuntos como transporte público ou privado, mobilidade urbana, sistema viário, habitação, segurança, saneamento, limpeza pública, iluminação, meio ambiente e desenvolvimento sustentável, dentre outras, são de grande complexidade, que se agravam em cidades maiores, afinal quanto maior a cidade e sua população maior a somatória de problemas.


E por que esta situação se agrava? Por dois motivos, a divergência de interesses da população e pela incompetência administrativa que não é capaz de mediar interesses e convergir ações e investimentos de forma articulada e efetiva nas suas cidades e muito menos com suas vizinhas.A existência de um Plano Diretor, portanto, não isenta a cidade e suas vizinhas de manter um processo permanente de planejamento territorial e urbano. Caso contrário, corre-se o risco de empreender ações desarticuladas e não compartilhadas entre os municípios, ou ainda unilaterais e isoladas, com sérios riscos impostos à coletividade, que por sua vez é dependente do funcionamento deste sistema urbano.


E a cada nova promessa de soluções mágicas apresentadas, que muitas vezes não tiveram qualquer contribuição técnica e sim foram tiradas de algum livro encantado, há uma clara demonstração da falta de planejamento das cidades. Isso se torna evidente com projetos pontuais e paliativos, que passam por processos burocráticos extensos e desta forma chegam em atraso ao problema.E enquanto a sociedade se deixar iludir, perderemos um tempo muito precioso no desenvolvimento e planejamento das nossas cidades. Cada dia os problemas se acumulam, trazendo novos pela não resolução dos existentes e a carga de estresse sobre a população traz problemas de saúde pública.


Resumindo, é uma bola de neve.Não sendo suficientes os problemas existentes nas cidades, observa-se obras catastróficas como retirada de matas ciliares dos rios, baixo investimento no transporte coletivo, a quase extinção da segurança pública e claro a pouca interação de planejamento entre as cidades, que seria o planejamento regional. Algumas medidas são tomadas, mas o planejamento é vago e desencontrado, pois cada qual pensa apenas em embelezar seu castelo, sendo que os órgãos governamentais que regem este encontro ficam sem grandes argumentos para ajudar a solucionar os problemas. A sociedade precisa pensar e agir de forma mais ampla e também cobrar de seus governantes. Muito se sabe, mas pouco se aplica.



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