O CRESCIMENTO DAS CIDADES


Imagem retirada da Internet


Algumas cidades no Brasil e no mundo atraem mais pessoas do que outras, sendo que temos uma densidade muito alta em grandes metrópoles e cidades litorâneas, com a contrapartida de um esvaziamento em pequenas cidades do interior.

As conseqüências desta migração nem sempre são muito boas, afinal o poder público das cidades não acompanha o desenvolvimento no mesmo ritmo do crescimento. Tem cidades que passaram a absorver uma população duas a três vezes maiores, num período de dez anos, sem que pra isso houvesse investimento em escolas, creches, postos de saúde, hospitais, planejamento urbano e assim por diante. As conseqüências mais comuns são a violência, a mendicância, o desemprego, os altos preços do solo, especulação imobiliária, políticas habitacionais ineficientes, esgoto sem tratamento, favelização da periferia, dificuldade na mobilidade urbana, dentre outros.

É preciso salientar que este crescimento ocorre nos centros urbanos e não nas áreas rurais, o que chamamos de urbanização, sendo que a proporção é de que cada dez pessoas do país, oito moram nas cidades. Ao longo do tempo a urbanização acelerou e teve sua intensificação do processo com a industrialização brasileira ocorrida a partir de 1956, sendo esta a principal conseqüência entre uma série de outras, da "política desenvolvimentista" do governo de Juscelino Kubitschek. É importante salientar que os processos de industrialização e de urbanização brasileiros estão intimamente ligados, pois as unidades fabris eram instaladas em locais onde houvesse infra-estrutura, oferta de mão-de-obra e mercado consumidor. E em contra partida houve uma decadência na produção e nos investimentos da produção cafeeira, na época.

O crescimento dos centros urbanos pode se transformar em um verdadeiro caos se não houverem intervenções e investimentos altos no processo de urbanização. Não basta implantar leis que não são cumpridas, ou então esperar que os problemas se resolvam como mágica. Tanto se fala em globalização, aquecimento global, alterações climáticas, desastres naturais, ou seja, nomes diversos para o mesmo problema. 

A inversão do processo de degradação do espaço urbano se torna urgente para que as conseqüências não sejam mais desastrosas do que as que temos até o momento. Para tanto é preciso: Recuperar os rios e córregos, recuperar morros ocupados indevidamente, melhorar as condições sócio-econômicas da população, proporcionar a circulação adequada dos meios de transporte (carros, ônibus e bicicleta), aplicar efetivamente as leis municipais- principalmente o Plano Diretor, controlar a circulação de pessoas que chegam e saem das cidades, promover eventos sócio-educativos, desenvolver as indústrias e o comércio, combater a violência, melhorar as condições da saúde e educação, dentre outros. Cidades melhores se fazem com atitudes e não com promessas.


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