Obra ecologicamente correta
Sustentabilidade: palavra do latim sustentare, significa sustentar, defender, favorecer, apoiar, conservar e/ou cuidar. Este conceito surgiu em Estocolmo, na Suécia, na Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente Humano em 1972. Desde então, a sustentabilidade é essencial em vários setores da sociedade e na construção civil tem trazido desafios ao propor a redução de resíduos, a utilização com eficiência de materiais e recursos naturais e materiais que não agridem o meio-ambiente. Isso porque a atividade gera impactos que passam pela produção dos materiais até o descarte dos rejeitos de obras.
Neste contexto, a arquitetura
tem um importante papel para propor formas de construir com processos
inovadores, redução do uso de recursos naturais e processos que melhorem a
qualidade de vida dos habitantes dos novos espaços.
Um fato curioso sobre o Brasil surgiu numa pesquisa da consultoria PwC que identificou que 95% dos executivos, empresários e público consumidor estão atentos e preocupados com a preservação do meio ambiente. No entanto, a construção civil ainda ocupa a posição de maiores poluidores do meio ambiente. Estima-se que a construção civil é responsável por algo entre 20 e 50% do total de recursos naturais consumidos pela sociedade.
Por isso, criar uma proposta arquitetônica com materiais sustentáveis contribui para a preservação do meio ambiente e traz benefícios para a redução de consumo de água, energia elétrica e recursos naturais usados em grande larga no processo construtivo. Nós selecionamos 5 possibilidades que vão transformar a proposta arquitetônica numa solução sustentável:
Lâmpadas de LED
As lâmpadas de led economizam entre 75% e 95%
de energia em comparação com os modelos halógenos e pode durar até 25% a mais
que as lâmpadas convencionais. A durabilidade das lâmpadas de Led que chegam a
atingir cerca de 10 anos. Os tubos de LED são recicláveis
com a remoção da extremidade de entrada do tubo de LED, a retirada do driver e
faixa de LED conectados. O resíduo que é alumínio e plástico das lâmpadas são totalmente
reciclável.
· Telhado verde
Este telhado é composto por vegetação e envolve técnicas de
impermeabilização e de plantio. O Telhado Verde é composto por 6 camadas: Impermeabilização,
Água, Módulos, Membrana, Substrato e
Plantio. O ecotelhado traz economia financeira, diminuição do consumo de água
potável, qualidade de vida e reduz até 5% da temperatura.
Hidrocerâmica
A
proposta dos estudantes do Instituto de Arquitetura Avançada de Catalunha
(IAAC), Espanha também é sinônimo de conforto térmico. A hidrocerâmica é
desenvolvida a partir de um sistema a base de hidrogéis que aquece no inverno e
refresca no calor. Os hidrogéis são substâncias que crescem até 500 vezes na
presença de água. No frio aumentam de tamanho e no calor evaporam lentamente.
Tinta ecológica
A tinta ecológica é isenta de materiais
tóxicos ou derivados de petróleo . Existem três
tipos de tintas ecológicas: as minerais, vegetais e com insumos animais. Os
pigmentos são derivados de plantas e vegetais, óxido de ferro, insetos e
minerais. Os ligantes produzidos com amido, óleo de linhaça ou caseína e a
argila é utilizada como enchimento e reforça a capacidade de ligação. As
alternativas naturais aos solventes convencionais são os diluentes cítricos e a
terebintina natural.
Vidro Eletrocrômico
Esta é a alternativa para uma janela inteligente. O ‘vidro que
muda de cor’ traz a possibilidade de interação com o ambiente externo, aproveitamento
dos recursos naturais e ajustes dos níveis de luz e temperatura. Este material
permite filtrar somente os benefícios da radiação solar, bloqueando os fatores
indesejáveis. A tecnologia eletrocrômica permite
que os vidros mudem sua coloração quando são ativados através da corrente
elétrica. Tecnicamente, o vidro eletrocrômico é uma placa de vidro que recebe
películas especiais capazes de interagir com a corrente elétrica através de
condutores.
Fontes: Revista Casa e Jardim, Universidade Jatobá, Casa Cor
Fotos: Freepik, Archglassbrasil e Instituto Casa e Jardim
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