ARBORIZAÇÃO URBANA


Imagem retirada da Internet


Passear na praça, apreciar o canto dos pássaros, o amadurecer das frutas, sentar sob uma boa sombra de árvore, apreciar as flores. As lembranças destas atividades estão no nosso subconsciente, mas pode ser desconhecido de muitos moradores das grandes cidades. Há décadas, quando as cidades eram menores e mais voltadas a convivência nos espaços públicos estes momentos eram praxe, mas na atualidade, as pessoas simplesmente passam pelas ruas, praças, avenidas, sem prestar muita atenção, a não ser quando caminham e percebem que está quente e falta sombra. 

No entanto, na atualidade a preservação de árvores, flores e arbustos, são uma necessidade de extrema importância para a sobrevivência de vários animais e outras espécies vegetais, que usam a cidade como habitat natural ou como rota durante a migração. Na área da ecologia chamam de “Floresta Urbana”, ou seja, o meio que se formou para os animais e plantas, junto às ruas, casas, postes e praças. 

A preservação desta floresta urbana, ou então sua formação caso não exista mais, serve também para equilibrar o clima da cidade. Como a cobertura natural do solo foi substituída por edificações de materiais dos mais diversos e muitas vezes impermeáveis e altamente transmissores de calor, temos calor excessivo durante o dia, baixa umidade, concentração de poluição. Contanto que cidades mais próximas a áreas de florestas ou com grande concentração de água, tem menos problemas no seu equilíbrio de temperatura e umidade. 

Mas de nada adianta achar que basta plantar uma árvore no vaso ou colocar um chafariz no meio da praça para resolver o problema. É preciso sim, tomar atitudes e elaborar um plano de manejo urbano paisagístico para promover a arborização das cidades e assim melhorar a qualidade de vida de seus cidadãos. Eis algumas dicas do que podemos fazer:

  • Elaborar um plano de manejo, definindo áreas de preservação permanente, parques e etc.;
  • Mapear onde e quando as árvores foram plantadas, para determinar a data de podas e manutenções;
  • Dentro do plano de manejo, definir espécies adequadas para cada região da cidade, bem como o que é mais adequado para as ruas, para as praças, etc.;
  • Replantar o que foi perdido, respeitando o ecossistema de cada região, plantando árvores nativas ou exóticas já adaptadas ao nosso meio ao longo do tempo;
  • Integrar ambientalistas, planejadores, poder público e sociedade para que cada qual faça a sua parte, não apenas plantando árvores em áreas públicas, mas também nos jardins;
  • Limitar a impermeabilização do solo, e não somente no início da construção, mas de forma permanente, para permitir que o solo “respire”.

Com a questão do aquecimento global, fato que naturalmente aconteceria, pelo aumento da população e de suas atividades, precisamos urgentemente tomar atitudes para melhorarmos nossas cidades e minimizar os efeitos indesejáveis.


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